sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Vampiro


No Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, segunda edição de 1986, a palavra Vampiro está definida da seguinte forma: Do Húngaro. vampir, do alemão vampir e do francês vampire S. m. 1.Entidade lendária que, segundo superstição popular, sai das sepulturas, à noite, para sugar o sangue dos vivos; estringe. [Fem.: vampiresa] 2.Fig. Aquele que enriquece à custa alheia e/ou por meios ilícitos. 3.Fig. Aquele que explora os pobres em benefício próprio. 4. V. vampe. 5. Bras. Designação do morcego hematófago, da família dos desmodontíneos, especialmente Desmodus rotundus E. Geog.), transmissor da raiva aos bovinos. Ocasionalmente suga o homem, retirando pequenas quantidades de sangue. Tem coloração castanho parda, dorso acanelado e ventre cinzento-amarelo, 24 dentes e um só par de incisivos superiores, o que os diferencia dos demais morcegos.
Já na Enciclopédia Britânica existe um texto sobre lendas populares originadas na Eslováquia e na Hungria, sobre uma criatura chupadora de sangue, supostamente alma de uma criminoso ou suicida, que deixava sua sepultura à noite em forma de morcego, para beber o sangue dos humanos, tendo que voltar a sepultura antes do nascer do sol. Suas vitimas se tornavam vampiros após a morte. Essas lendas se proliferaram na Hungria entre 1730 e 1735. Também existe uma lenda da Romênia Rural que diz que os vampiros nasceram a muito tempo, devido à percepção de que os moribundos enfraquecem com a perda de sangue. Assim, pessoas de pouca cultura devem ter concluído que beber sangue restaurava as forças ou, até mesmo, que o sangue dos vivos poderia ressuscitar os mortos.
Segundo a religião ali dominante, a da Igreja Ortodoxa Oriental, as pessoas que morriam excomungadas ou sob maldição eram transformadas em mortos-vivos (chamados de Moroi) até serem absolvidas pela Igreja. Diziam ainda as lendas romenas que certas pessoas, como as crianças ilegítimas ou as não-batizadas, as bruxas e o sétimo filho de um sétimo filho, estavam condenadas a serem vampiros. Também acreditavam na existência de pássaros demoníacos, conhecidos como Strigoi, que só voavam de noite, ávidos por carne e sangue humanos.Além de trazer a morte para a vítima atacada, os vampiros também eram considerados os causadores da peste, sendo desta maneira extremamente odiados e temidos. Acreditava-se também que vampiros odiavam alho; assim, os aldeões esfregavam o tempero em todas as portas e janelas para protegerem-se de possíveis ataques noturnos dos bebedores de sangue. Em algumas aldeias, quem se recusava a comer alho tornava-se suspeito de vampirismo, especialmente estranhos recém-chegados.


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